ELEGÂNCIA...
de Claudio Pacheco
Existe uma
coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais
rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso
correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado
diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora
da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas,
quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância
desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas
que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E
quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca. É
possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz. Nas
pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em
humilhar os outros.
É
possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse
por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma
ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só
depois manda dizer se está ou não está. É elegante não ficar espaçoso
demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É
muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante
retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome, jóias e nariz empinado não
substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão
generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar
capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é
improdutivo. Educação enferruja por falta de uso. Seja a diferença,
sendo quem você verdadeiramente é.
CHARME DO DIA....
Blog Alice Ferraz |
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